Páginas

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A lei do investimento

Após a leia seca, nova lei provoca polêmica no cenário industrial e social do nosso país. A ampliação da licença-maternidade, proposta pela senadora Patrícia Saboya (PSB-CE,), já foi aprovada com unanimidade no Senado e já vigora em algumas empresas públicas. O assentimento à essa lei precisa ser feito pela funcionária e pela empresa, por se tratar de uma medida opcional.

Para as indústrias essa regulamentação traz benefícios financeiros , pois poderão fazer uma renúncia fiscal ao aumentar a licença de suas funcionárias. Se todas as empresas do país apoiarem o projeto, o Governo Federal terá R$ 500 milhões em renúncia fiscal.

Com esta lei o período sem a funcionária aumentará o que pode dificultar sua substituição. É neste ponto que a discussão emerge, pois o que se trata em relação entre mãe e filho é incontestável.

O consultor de Benefícios Humanos, Sérgio Motta, relata que a lei só prejudica a posição da mulher no mercado de trabalho. “Isso se trata de uma reação masculina para frear a ascensão da mulher no mercado de trabalho.”, afirma Motta.
Relembro que o projeto foi criado por uma mulher, possível beneficiária desta medida. Não acredito que ela tenha o criado com a intenção de frear o crescimento das mulheres no mercado.
Fato também é que nenhuma mulher pode ser demitida por ficar grávida, o que pode acontecer é a empresa não se voluntariar e permanecer com a licença de 4 meses.

Uma lei que beneficia tanto as crianças não pode ser parada ou descartada por um discurso machista ultrapassado.
A mão de obra feminina a cada dia cresce, se aperfeiçoa e ganha espaço. O aumento de 2 meses pode ser muito bem administrado pelas empresas, o que para elas promoverá uma boa imagem social, pois estarão investindo e respeitando a maternidade – período fundamental para o desenvolvimento dos laços maternos.

Acredito que fica por terra o argumento de que as mulheres não serão mais contratadas por serem mulheres e estarem sujeitas a ter um filho. Esta barreira social já foi derrubada e não se pode tentar reconstruí-la. Exemplo são algumas empresas privadas que já se filiaram a esta prescrição, sem questionar a permanência das mulheres nas empresas.

É preciso investir nas crianças e no afeto materno, pois é criando bem os pequenos que está sendo criado os adultos de amanhã. Não há investimento melhor.

Um comentário:

Solte o verbo!