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domingo, 30 de novembro de 2008

Breve reflexão

A cada dia que passa percebo que o que não me mata me fortalece, e que a cada queda me reergo com mais determinação e força. Percebo que para ser feliz não preciso brincar com os sentimentos de ninguém, apenas valorizar os meus; e que para subir na vida devo martirizar a mim mesma, e não os outros. Agradeço a todos aqueles que pararam o seu percurso para me estender a mão e que por este gesto me pediram apenas um sorriso sincero. Depois da tempestade vem o dia ensolarado, e cada vez mais compreendo quem realmente merece estar do meu lado.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ela corre

O vento frio daquela manhã lhe corta a pele. Tem esperança, logo o sol sairá tímido por trás das brancas nuvens. Ela corre, ela foge, ela tem medo. Desesperada tenta confundir sua própria sombra. Quer ficar sozinha. Quer esquecer dos problemas. Quer correr da rotina, da vida, de tudo.
Suas pernas estão cansadas e sua respiração ofegante. Parece que mil e um fantasmas tentam lhe pegar. Ela corre, ela corre.
Seu corpo está ferido e sua alma também. Se ela pudesse voar ela voaria para bem longe. Lá ela acharia o que tanto procura e ainda não sabe. Ela teria motivos para sorrir com sinceridade. Ela sentiria seu corpo ser todo envolvido em um abraço apertado. Ela sentiria a união dos corações e das almas.
Ela corre, e vai deixando para trás a poeira do descaso, da mentira e da falsidade. Ela corre e não deixa pegadas. Ninguém nunca saberá aonde fora, aonde está e aonde vai.
Ela corre sozinha. Nem mesmo os pássaros voam no céu. Sozinha ela corre.
Seu corpo já não aguenta mais, coração em descompasso e a boca seca. Ela olha pra trás, nada vê. Os fantasmas sumiram. Ela realmente está sozinha. Olha para frente e vê um caminho sem fim, como se fosse uma sequência da mesma foto.
Ela se ajoelha como se estivesse se entregando. Ninguém corre do seu lado, até mesmo os fantasmas desistiram dela. Ela parece ter desistido dela mesma, parece não mais suportar sua própria presença.
Respirou fundo. Levantou e seguiu.
Ela corre, ela foge, ela tem medo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

E quem nunca erra?

Erramos constantemente, por vezes sabendo do erro e por outras não. Achamos que o nosso ato não é tão errado, mas suas conseqüências tomam formas gigantes.
E quem nunca erra?
Muitas vezes são meros tropeços, caímos na tentação ou sentimento parecido. Mas isso não nos descarta a culpa e a consciência de que erramos.
O fato é que fechamos os olhos e deixamos o acerto ser deixado de foco. Lutamos, mas não conseguimos. Uma multidão de pessoas a nossa volta erram, e muito, mas nada apaga o que fizemos com o nosso livre arbítrio. Porém deveria ser levado em conta todas as vezes que estivemos frente ao erro e o ignoramos. Eu sinto falta disso. Falta de ter o reconhecimento visível dos meus acertos e das minhas mudanças. Isso é orgulho? Até pode ser, mas eu acredito que equilibrando os elogios e as críticas tudo entra em harmonia e os distúrbios e problemas não seriam tão fortes.
Percebo como são fortes as coisas negativas contra as positivas. Uma pessoa pode ter passado um ano todo se esforçando e por ter tido determinado tropeço ser julgada apenas por isso, pelo erro.
A ausência do esforço para se fazer o bem tem muito deste fator. Acaba-se acreditando que não altera em nada ser bom, o importante na vida é apenas não errar.
Justamente por isso muitos erram, para chamar atenção. É evidenciada então uma atitude extremamente burra. Princípio não tão ausente dentro de nós.
Quem planta vento colhe ventania. Porém, que isso ocorra também nos atos bons, pois é fácil dizer que Deus recompensará pela bondade, enquanto perante os erros queremos febrilmente colocar em prática a justiça dos homens.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tempos extremos

Esses dias estava lendo um livro, e em determinada parte a personagem começou a relatar o primeiro amor dela. A história é antiga, de outros tempos, porém, outros tempos não tão distantes assim. Vamos direto ao ponto: depois de um ano namorando a personagem permitiu que seu namorado pegasse em sua mão. O primeiro beijo deles aconteceu apenas depois de 2 anos namorando.
Estou imaginando a cara de quem está lendo isso, provavelmente é a mesma que eu fiz quando li. Depois do espanto surge a graça. Eu pelo menos comecei a rir, e pensar ironicamente: "Iguaaaaaaal aos dias de hoje".
Repito, isso não é coisa de séculos passados. Pergunte uma vez para teus avós ou até mesmo pais, como eram os namoros de suas épocas. Muita coisa mudou. MUITA.
Hoje saímos para a festa e ficamos com garotos (ou garotas) que recém conhecemos. Beijamos quem muitas vezes nem sabemos de onde é, ou até mesmo seu nome. Nos apaixonamos rapidamente, queremos tudo pra ontem. Parece que o mundo acabará amanhã e que precisamos fazer TUDO em uma noite só, com qualquer desconhecido que nos atrair.
Seria muito fácil falar que os outros fazem isso, mas e quem nos dias atuais não faz? (lógico que existem pessoas que ainda são bem reservadas).
A questão é que 'ser reservada' possui variados conceitos e acredito que outros ainda surgirão. Para muitos ser reservada é ir de calcinha para festa, como para outros é conhecer primeiro bem a pessoa antes de se relacionar.
Enfim, dou risada do que muitas vezes mereceria lágrimas. O extremismo me dá medo. Temos que curtir a vida? LÓGICO. Mas será que essa é a maneira mais adequada?
Como tudo na vida, isso foi um aprendizado. E não querendo ser incoerente, mas dou graças por muitas coisas terem mudado!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Nossas palavras

Existem pessoas neste mundo que são iluminadas, que se destacam. Seres com a dádiva das belas palavras, que juntas formam um conjunto brilhante.
Contos que envolvem, sonetos que surpreendem, críticas que despertam, letras que emocionam.
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Palavras. Tenho paixão por elas, pela incrível energia que possuem. Uma pessoa que domina essa força deve agradecer por este dom recebido ou conquistado.
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Fato é que os textos que a vida nos leva a escrever, muitas vezes, pouco nos encantam. Porém muitos outros podem, ou poderão, ver na simples obra uma força, uma mudança. Por isto, somos sempre responsáveis pelo que clamamos ser correto.
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Conheci um homem que possui a habilidade e o encanto da escrita. Mesmo com o seu evidente talento, vi nele o sentimento de humildade. Aprendi com isso. Geralmente quem desenvolve um dom se deixa levar pelo orgulho, tendo em mente apenas a idéia de que nada erra e tudo sabe.
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Este exemplo levo para minha vida. Devemos confiar nos nossos instintos e intuições, mas temos que manter os pés no chão. Somos e seremos eternos aprendizes.
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Escreva pela delícia que este ato provoca, e não pelos aplausos e elogios (que nem sempre são repletos de sinceridade). Sinta a frase, sua conotação e emoção. Deixe que sua mente criadora comande a caneta sobre o papel, para que, de letra em letra, seja formada a arte final.
Escreva, leia, pense; Não pelo outros, mas por ti, pois isto te faz se sentir vivo!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Meu sorriso sincero

Confesso que eu tinha medo. O lugar era desconhecido, assim como todos que lá estavam. Haviam me alertado que isso aconteceria, mas sempre desconfiei dessa dita verdade, por ser muito dramática.
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Por toda a minha vida estive no mesmo meio e com basicamente as mesmas pessoas. Fiz muitos amigos e conhecidos, e essa circunstância me deixava sempre muito a vontade. Tinha o meu espaço, mas era chegada a hora de me desmembrar daquilo tudo.
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Machucou, afligiu. Como poderia viver sem meus amigos? E se todo drama que me contavam, de que nessa etapa da vida eu perderia meus amigos, se concretizasse?
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Pavoroso foram os primeiros dias. Todos eram estranhos e a maioria extremamente fechado em seu mundo próprio. Queria sair correndo, ir para casa, voltar para a escola. Os anos na faculdade seriam terríveis, isso, naquele momento, era fato.
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Minha surpresa foi que, com o passar dos dias e das semanas, comecei a conversar com algumas colegas de aula. Eram desconhecidas, mas a cada aula acabávamos sabendo, direta ou indiretamente, detalhes uma sobre a outra.
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Não serei hipócrita em dizer que só existem pessoas legais na faculdade. Conheci muitos individualistas que, enfim, não tinham as qualidades para cativar a minha admiração.
Contudo, as conheci, pessoas realmente especiais. Aquelas que a cada momento me dão a certeza de que eu encontrei amizades verdadeiras e eternas. Aquelas que eu irei abraçar com emoção a cada degrau que trilharmos e superarmos juntas.
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Personalidades diferentes, mas que se encaixam e se completam. Risadas, segredos, dedicação, amor em comum pelo jornalismo. Todas com ideais concretos e opiniões formadas. Sei que teremos nossas dificuldades, ilusões e decepções, afinal amizades são assim.
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Agradeço a esses anjos, vocês bem sabem quem são, que surgiram no meu caminho e que fazem dos meus dias e noites, datas com marcas especiais.
PS: Gurias! Já não consigo imaginar as aulas sem vocês por perto! Obrigada por tudo, vocês já são essenciais!

domingo, 2 de novembro de 2008

O líder perseguido [2]

Segue abaixo um comentário postado no texto "O líder perseguido":

É triste ver colorado comentando futebol, sem ofensas, mas se preocupam mais com o Grêmio do que com o próprio time. Tem um sujeito aqui nesse blog que comenta "... bando de coitados! nasceram coitados, morrerão assim". Coitados?Bom, não deixaremos o título sair de nossas mãos, em face de uma justiça desportiva preconceituosa perante os guerreiros dos pampas (evidententemente, o Grêmio), assim como o Inter deixara escapar em 2005, por um motivo semelhante. O Grêmio, sem sombra de dúvidas, é o maior vencedor do sul. Não sou eu quem falo, por trás disso tudo evidencia-se um suporte fático contundente que comprova. Então, coitado é a vossa senhoria que escreveu, que chama outrem desta vil maneira, mas não percebe que estão 8 posições atrás. Chore, meu caro. Desculpem, mas a réplica é direito constitucional. Quem não gostou, que responda a altura. Sem mais.
Resposta:

Triste é ligar a televisão e ver um comentarista esportivo dizer que as intenções do Internacional são as de prejudicar o Grêmio. Justamente por essa acusação sem fontes, que mancham a imagem do meu time, que me senti no direito de dar a minha opinião.
Fato é que a comparação entre 2005 e 2008 é totalmente sem nexo. A única coisa em comum é o STJD, APENAS ISSO. Em 2005 ocorreu uma roubalheira COMPROVADA, o que não se repete neste ano. Até porque o Grêmio NÃO FOI prejudicado, pois conseguiu o direito que lhe era disposto, o efeito suspensivo.
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Se o Grêmio é o maior vencedor do sul, se é ou não time dos guerreiros dos pampas não cabe a discussão, e não por eu não ter argumentos contra, mas porque tenho a capacidade de reconhecer a grandeza do Grêmio sem precisar ficar berrando as glórias do meu time, como se fossem argumento para amenizar algum fato de hoje. Dois times, duas histórias, duas grandezas.
Sim, estamos atrás na tabela e nem por isso eu choro. Estamos onde estamos POR NOSSA culpa, e RECONHECEMOS essa culpa. Ao contrário de muitos times que não assumem as suas faltas e resolvem colocar a culpa nos outros e discursar serem VÍTIMAS DE CONSPIRAÇÃO.
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Deixem o gremismo de lado e reconheçam que o Grêmio teve INÚMERAS chances de aumentar a vantagem na liderança do Brasileirão. Chances que não foram aproveitadas. O Grêmio somente não está disparado na primeira posição por INCOMPETÊNCIA de um time, de uma direção, de um técnico.
Se tivesse feito a sua parte, o tal Grêmio poderoso, não estaria precisando fazer drama sobre a decisão do Inter de usar ou não um time misto contra alguns no Brasileirão.
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A minha crítica é aos que usam essas desculpas, que CRIAM dramas inexistentes. Pouco me importa se o Grêmio vai ser ou não campeão, mas que não coloquem no meio dessa história de vitórias e perdas de oportunidades o MEU TIME.
Iremos sim entrar com time misto, e o motivo disto é a SULAMERICANA, palavra que não possui como sinônimo a expressão JOGO SUJO.