Páginas

terça-feira, 30 de junho de 2009

São poucos

Um olhar para o horizonte, vejo coisas que ninguém pode ver.
Acompanho com meus olhos o andar de toda uma vida, as alegrias e tristezas.
Estou no topo do mundo e apenas eu cheguei aqui.
Olho de longe emaranhados de sonhos e conquistas, o sorriso do pobre e do rico.
Percebo a alegria do nascimento e a dor da morte.
Vejo com meus olhos de menina um mundo encantador, cheio de expectativas, desejos e lutas.
Interiorizo todas as cores, todas as sensações.
Me identifico com cada passagem que observo, como se fosse um filme já visto.
Não deixo que as desgraças e dores do mundo invadam as paisagens que observo.
Fecho os olhos suplicando que elas desapareçam, como o último pássaro que voa pelos céus.
Poucos são os que veem... o que se passa em minha alma.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O silêncio da alma

Abra a janela e veja os campos cobertos,
sinta o sol perfurar as mais densas nuvens.
Enrole-se!
Caminhe entre as flores.

Não existe o hoje,
muito menos o amanhã.

Observe aqueles dois velhinhos varrerem seu quintal.
Escute as risadas da pequena criança.
Corra.

Não existe o hoje,
muito menos o amanhã.

Olhe para a pequena poça de água,
reconheça-te nela.
Veja teus traços, teus olhares.
Sorria.

Não existe o hoje,
muito menos o amanhã...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Cotidiano

Venho lembrando de você nestes últimos tempos.
Engraçado como este emaranhado de palavras pode ser direcionado para diversas pessoas da minha vida. É, boa parte da minha existência é formada de saudades e do desejo de que certas histórias tomem um rumo diferente.
Apesar dos meus problemas de memória, não esqueço do teu rosto e teus traços, teu riso e teu sorriso. Estas lembranças fazem parte do contexto do meu dia a dia.
Diariamente milhares de fatos o ontem apaga de minha mente, porém tenho certeza que tudo isso o amanhã jamais apagará.