Em ritmo descompassado seu coração batia. Seus olhos estavam vidrados observando a chuva torrencial que caía do céu e molhava tudo que lá existia. Deitada em sua cama sentia seus poros suados, conseqüência do calor daquele dia. Por mais que ela estivesse e quisesse, a impressão de sua alma era que ela não estava sozinha.
***
Não acreditava na existência de outros seres, espíritos, fantasmas, ou qualquer outra nomeação que as diversas seitas e culturas expunham. Mesmo tendo essa descrença estabelecida, sentia que alguém, ou algo, estava ali junto dela.
Sentia no ar do seu quarto um clima estranho. Os raios que agora cortavam o céu pareciam procurar o ponto certo para finalizar sua viagem.
Não acreditava na existência de outros seres, espíritos, fantasmas, ou qualquer outra nomeação que as diversas seitas e culturas expunham. Mesmo tendo essa descrença estabelecida, sentia que alguém, ou algo, estava ali junto dela.
Sentia no ar do seu quarto um clima estranho. Os raios que agora cortavam o céu pareciam procurar o ponto certo para finalizar sua viagem.
*
Por vezes ela passava por essas fases mais introspectivas. Não sabia bem ao certo o que lhe cativava a reflexão. Ficava por horas ou até mesmo dias relembrando nostalgicamente o que aconteceu em sua vida. Tinha saudade de coisas que não passaram de expectativas. Era assim que ela se sentia.
Por vezes ela passava por essas fases mais introspectivas. Não sabia bem ao certo o que lhe cativava a reflexão. Ficava por horas ou até mesmo dias relembrando nostalgicamente o que aconteceu em sua vida. Tinha saudade de coisas que não passaram de expectativas. Era assim que ela se sentia.
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Com o passar dos minutos seu coração ficava mais calmo e lento. Permanecia ainda em seu íntimo a angústia e a cólera, e em certos momentos tinha a certeza de que parte daquele sentimento não era seu. Estaria alguém, em alguma parte da cidade ou até mesmo do mundo, sentindo exatamente a mesma coisa. Mas como explicar essa união de vibrações? Porque estaria ela condenada a sentir algo pertencente a uma pessoa que primordialmente nada se interligava a ela?
*
E quem nunca sentiu isso? A ânsia de que alguém, em algum lugar, por alguma razão, precisa de nós. Necessita do nosso afago, do nosso carinho, do nosso calor.
*
A chuva agora se tornara fraca e alguns pássaros ousavam sair de sua proteção para voarem livres pelo céu. O cheiro de terra molhada se instalava cada vez mais em todos os cômodos da casa.
Aquela garota antes tão descrente pensava agora em toda carga sentimental e emocional que recebera e criara. Por mais que agora ela conseguisse driblar aquela chuva melancólica, estava certa de que alguém chorava por ela. Alguém estava sentindo tudo o que vivenciara nos últimos dias e que aparentemente havia superado.
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E quem nunca sentiu isso? A ânsia de que alguém, em algum lugar, por alguma razão, precisa de nós. Necessita do nosso afago, do nosso carinho, do nosso calor.
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A chuva agora se tornara fraca e alguns pássaros ousavam sair de sua proteção para voarem livres pelo céu. O cheiro de terra molhada se instalava cada vez mais em todos os cômodos da casa.
Aquela garota antes tão descrente pensava agora em toda carga sentimental e emocional que recebera e criara. Por mais que agora ela conseguisse driblar aquela chuva melancólica, estava certa de que alguém chorava por ela. Alguém estava sentindo tudo o que vivenciara nos últimos dias e que aparentemente havia superado.
*
Decepções e alegrias cultivadas em sua essência. Uma lágrima percorreu os caminhos mais misteriosos de sua face e em um momento de êxtase seus lábios se separaram. Numa voz de desabafo exclamou: “Eu estou contigo, tudo vai acabar bem”.
Em exatidão um raio de sol adentrou o seu quarto iluminando todo o seu corpo. Lágrimas escorreram, agora não tão tímidas, e um sentimento de alívio lhe percorreu o corpo lhe fazendo cair em profundo sono.
Decepções e alegrias cultivadas em sua essência. Uma lágrima percorreu os caminhos mais misteriosos de sua face e em um momento de êxtase seus lábios se separaram. Numa voz de desabafo exclamou: “Eu estou contigo, tudo vai acabar bem”.
Em exatidão um raio de sol adentrou o seu quarto iluminando todo o seu corpo. Lágrimas escorreram, agora não tão tímidas, e um sentimento de alívio lhe percorreu o corpo lhe fazendo cair em profundo sono.
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Ela tinha, enfim, encontrado a pessoa que tanto dela precisava.