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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Penso, logo existo


Quem tu és?

Não vim aqui saber o teu nome, teus bens e os teus títulos. Vim aqui saber quem tu és.

Poucos respondem de maneira correta esta indagação. A primeira coisa que se pensa é no nome, idade, e estas coisas externas que compõem a nossa vida.

A expressão "és" remete à "essência", e isso abrange o nosso íntimo.

Já paraste para pensar sobre a tua essência?

Hoje em dia as pessoas trabalham e atropelam a vida para responder a pergunta desta forma: "Sou dona de tal empresa", "Possuo tantas propriedades". Visivelmente o lado material impera, somos o que temos e não o que pensamos.

Não digo que isto é errado, temos que batalhar para termos nossos bens e ter uma vida tranqüila, mas não seria a nossa essência um fator importante para realmente sermos pessoas?

Se pesquisarmos sobre o ser humano iremos encontrar em orgulho evidente a frase: "Somos seres racionais!!! Os únicos seres pensantes no nosso planeta Terra!!".

Do que adianta sermos racionais se pouco nos importamos em aprimorar o nosso eu íntimo? Do que adianta sermos racionais se em nosso pensamento predomina ideais animalescos? Do que adianta sermos racionais se não agimos usando a racionalidade?

Quando se fala em pessoas e a aquisição de bens materiais, logo se entra em pauta o discurso de que pessoas que possuem muitas riquezas quando abrem a boca sonorizam o nada.

Você já parou para pensar se você não é uma destas pessoas?

O status social nunca vai limitar ou definir a tua essência, o teu eu. Sim, algumas pessoas acabam se corrompendo diante certas situações que o dinheiro e o status proporcionam, mas eu não irei mudar a minha forma de pensar só porque nasci rica ou pobre. Não vemos uma classificação de essência perante o tamanho da conta bancária.

Cada vez menos se pensa nas nossas ações, nos sentimentos reais, se escuta a voz interior, se reflete perante as atitudes e problemas. Estamos atropelando a nossa essência, nos preocupando cada vez mais em ser alguma coisa que não somos.

Sei que existem pessoas que sentem a essência nos outros, algo que vai além da roupa de marca que ela usa ou não. Essência que pode ser comparada com uma vela: em alguns o fogo é apagado, já em outros totalmente em chamas.

O que diferencia uma pessoa da outra não é o carro, por exemplo; afinal vemos a cada nova onda de modismo centenas de carros iguais. O que muda? O motorista. E o motorista é você. Você que ganhou o dia e agora sim é feliz por ter conquistado esse bem material. Conquista sua e de centenas ao seu redor.Por um momento tu passa a ver que este bem material não é nada além disso. A frustração invade o teu íntimo, tu percebes que o carro não preenche mais o vazio do teu peito e aí tu erras novamente. Tu pensas que na realidade o que vai te fazer feliz é outro bem material. É formado então um grande círculo vicioso. Círculo que com o tempo vai se resumir a tua pessoa e a tua vida, e que anulará qualquer essência.

Nesses meus anos de vida, nunca vi uma pessoa levar após a morte o que conquistou de material na Terra. Então porque passamos a vida toda lutando por supérfluos que provavelmente durarão mais do que a nossa existência?

Se existe vida após a morte, o que afinal tu vai levar, já que os bens sabemos que ficarão aqui? Acredito que levaremos a tão falada essência, que carrega durante anos as nossas qualidades pouco trabalhadas e nossos defeitos empoeirados.

Você esquece dos compromissos?

Esquece de pagar as contas do mês?

Você lembra de trabalhar a tua essência?

De tentar melhorar teus defeitos?

De ser o que realmente é?



O teu íntimo clama pela resposta, afinal, quem tu és?

3 comentários:

  1. Mas se eu melhorar os meus defeitos, eles vão ficar fortalecidos! hehehe (brincadeira)
    É, a gente está aqui para se aprimorar, não dá pra viver detrás da desculpa do "eu sou assim e ponto". Concordo com vc.
    Beijo e, se puder, venha conhecer, tá bom?
    Letícia.

    http://babelpontocom.blogspot.com

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  2. Quando se fala em pessoas e a aquisição de bens materiais, logo se entra em pauta o discurso de que pessoas que possuem muitas riquezas quando abrem a boca sonorizam o nada.

    Sintetiza tudo que penso.

    Beijos!

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