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quinta-feira, 1 de maio de 2008

A arte de fazer um jornal diário

Introdução

O livro "A arte de fazer um Jornal Diário", trás em pauta alguns assuntos de suma importância para os aspirantes do Jornalismo. Com uma linguagem clara e envolvente o autor introduz o leitor ao assunto, o fazendo refletir sobre todo o trabalho a ser feito para exercer de forma positiva essa profissão. Chama à atenção do leitor todo o capricho e cuidado que se deve ter ao produzir um texto e/ou um jornal. Outros pontos importantes foram: a importância da ligação entre jornal com os leitores; e também a polêmica sobre o uso ou não das câmeras escondidas.

A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS

Um dos assuntos polêmicos do livro “A arte de fazer um jornal diário”, é o que trata o uso das câmeras escondidas para desvendar crimes. O autor do livro, Ricardo Noblat, se posicionou contra tal ferramenta de trabalho, alegando que não há como incriminar algo antiético utilizando as câmeras escondidas.

Realizamos uma pequena pesquisa popular, que apontou diferenças significativas de opiniões sobre o assunto. Foram entrevistadas 16 pessoas com idades de 16 a 64 anos, o resultado foi que 69% dos entrevistados são a favor do uso das câmeras escondidas. Estes alegaram, de modo geral, que mesmo sendo uma prova ilegal auxilia na diminuição da violência e dos roubos. “Sou a favor, apesar

de ser considerada prova ilegal, deve ser adotada, eticamente errado ou não, é uma boa forma de se delatar crimes e demais delitos.”, argumentou Marcello Mello, 24 anos, estudante de direito.

Os 31% que se mantiveram contra tiveram uma justificativa semelhante ao do autor do livro. “Absolutamente contra. Uma coisa é o Estado marcar presença ostensiva com policiais, outra bem diferente é a espionagem clandestina. Até porque há muita corrupção nos organismos policiais, e ninguém tem certeza de qual seria o uso dessas gravações.”, disse Ronald Miorin, 40 anos, advogado e escritor.



Os gráficos acima mostram uma análise geral do posicionamento dos entrevistados, e também a diferença deles nas variadas faixas etárias. Pode-se concluir que os jovens e os mais velhos acreditam que câmeras escondidas ajudam nas investigações de casos antiéticos. Os de meia idade se posicionaram de uma forma mais reservada, realmente seguindo o discurso de que existem outras maneiras de se investigar sem deixar a ética de lado.

Numa segunda parte da entrevista o questionamento se voltou para quais jornais são diariamente lidos, os cadernos prediletos e quais mudanças deveriam acontecer.

A maioria respondeu que lê com preferência os jornais: Zero Hora, Diário Gaúcho, Correio do povo. Também foram citados: O Sul, Jornal do Comércio, NH. Os cadernos mais procurados, em respectiva ordem, foram: Esporte, Economia, Política, Celebridades, Educação, Colunistas, Classificados.

As reclamações rondaram os preços dos jornais, que acabam sendo elevados e se tornando inacessíveis para uma grande parte da população; o exagero perante os fatos; o não uso de uma linguagem correta, simples e esclarecedora; e a saturação de manchetes e notícias negativas.

Ricardo Noblat, em seu livro deixa claro que os jornais precisam se voltar mais para o que o público acha e quer, afinal quem compra, ou não, a notícia são eles e não a empresa em si.


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