O livro "A arte de fazer um Jornal Diário", trás em pauta alguns assuntos de suma importância para os aspirantes do Jornalismo. Com uma linguagem clara e envolvente o autor introduz o leitor ao assunto, o fazendo refletir sobre todo o trabalho a ser feito para exercer de forma positiva essa profissão. Chama à atenção do leitor todo o capricho e cuidado que se deve ter ao produzir um texto e/ou um jornal. Outros pontos importantes foram: a importância da ligação entre jornal com os leitores; e também a polêmica sobre o uso ou não das câmeras escondidas.
A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS
Realizamos uma pequena pesquisa popular, que apontou diferenças significativas de opiniões sobre o assunto. Foram entrevistadas 16 pessoas com idades de 16 a 64 anos, o resultado foi que 69% dos entrevistados são a favor do uso das câmeras escondidas. Estes alegaram, de modo geral, que mesmo sendo uma prova ilegal auxilia na diminuição da violência e dos roubos. “Sou a favor, apesar
de ser considerada prova ilegal, deve ser adotada, eticamente errado ou não, é uma boa forma de se delatar crimes e demais delitos.”, argumentou Marcello Mello, 24 anos, estudante de direito.
Os 31% que se mantiveram contra tiveram uma justificativa semelhante ao do autor do livro. “Absolutamente contra. Uma coisa é o Estado marcar presença ostensiva com policiais, outra bem diferente é a espionagem clandestina. Até porque há muita corrupção nos organismos policiais, e ninguém tem certeza de qual seria o uso dessas gravações.”, disse Ronald Miorin, 40 anos, advogado e escritor.
Os gráficos acima mostram uma análise geral do posicionamento dos entrevistados, e também a diferença deles nas variadas faixas etárias. Pode-se concluir que os jovens e os mais velhos acreditam que câmeras escondidas ajudam nas investigações de casos antiéticos. Os de meia idade se posicionaram de uma forma mais reservada, realmente seguindo o discurso de que existem outras maneiras de se investigar sem deixar a ética de lado.
Numa segunda parte da entrevista o questionamento se voltou para quais jornais são diariamente lidos, os cadernos prediletos e quais mudanças deveriam acontecer.
A maioria respondeu que lê com preferência os jornais: Zero Hora, Diário Gaúcho, Correio do povo. Também foram citados: O Sul, Jornal do Comércio, NH. Os cadernos mais procurados, em respectiva ordem, foram: Esporte, Economia, Política, Celebridades, Educação, Colunistas, Classificados.
As reclamações rondaram os preços dos jornais, que acabam sendo elevados e se tornando inacessíveis para uma grande parte da população; o exagero perante os fatos; o não uso de uma linguagem correta, simples e esclarecedora; e a saturação de manchetes e notícias negativas.
Ricardo Noblat, em seu livro deixa claro que os jornais precisam se voltar mais para o que o público acha e quer, afinal quem compra, ou não, a notícia são eles e não a empresa em si.
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