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domingo, 19 de dezembro de 2010

Eu consegui

Iniciei meu ano de 2010 com algumas frustrações. Quem eu pensava que torcia pelo meu sucesso, na realidade, queria o meu fracasso.

"Você não vai conseguir". Essa foi uma das frases que mais ecoou em meus pensamentos durante o ano. E essas foram as palavras do adeus.

Nenhuma pessoa deve se conformar com a dor.

Ao invés de ouvir os outros, resolvi escutar o meu coração. Pisado e machucado, meu coração me fez caminhar por estradas mais iluminadas.


Apesar das lágrimas, meu ano foi de glórias. E eu cresci com tudo isso. Sei que apesar dos inúmeros erros, hoje sou muito melhor do que fui ontem. Tenho certeza disso. Hoje sei que não preciso torcer pelo fracasso dos outros para ser feliz.

E eu consegui.

domingo, 3 de outubro de 2010

As marcas eternas do Holocausto. Três depoimentos

Na manhã de primavera do dia 28 de setembro, jovens de 13 e 14 anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Profªa Maria Gusmão Britto de São Leopoldo tiveram a oportunidade de sentir de perto os dramas e as dificuldades vividas por milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial. O encontro foi organizado pelo Instituto Cultural Judaico Marc Chagal, pela Associação Beneficente e Cultural B’nai B’rith do Brasil Região Sul e pela E.M.E.F.

O painel “Holocausto. Compromisso moral e lições de solidariedade” foi um evento não obrigatório para os alunos, entretanto, todos estiveram presentes, tendo a oportunidade de escutar depoimentos de sobreviventes da guerra. Os palestrantes foram Max Wachsman Schanzer, Johannes Melis e Bernard Kats, que sofreram de formas diferentes o drama da perseguição e da morte.

Confira os depoimentos.

Em 1939 foi quando tudo começou.

Nascido em 1928 na Polônia, Max Wachsman Schanzer, vivia com seus pais, dois irmãos e três irmãs. Com o início da guerra, Max e sua família foram confinados. Ele, sua família e mais 40 mil pessoas dividiam um pequeno espaço de trabalho, vivendo em condições desumanas. “Muitas pessoas morreram de fome e de doenças”, conta. Em 1943 os judeus foram convocados para uma seleção pelos nazistas. A família Schanzer não foi. “Os policiais alemães descobriram o nosso esconderijo e separaram minha família. Meus pais foram levados direto para câmaras de gás e eu e meus irmãos para campos de concentração diferentes”, lembra Max.

O trabalho era escravo. Eram mais de 14 horas por dia de labuta e a alimentação consistia em pão e água. “Não sei como sobrevivi. Aquilo lá era uma fábrica de escravos”, conta. Além disto, em 1944, Max foi levado para outro campo de concentração onde eram fabricados tanques e armamentos. Max sofreu. “Eu trabalhava na rua passando um frio brutal. Foi quando resolvi fugir”.

A primeira tentativa de Max foi esconder-se embaixo de um colchão. Foi descoberto. Como forma de punição levou 50 chicotadas, desmaiando na chicotada número 35. No último ano de guerra, 1945, a Alemanha já estava prestes a perder e milhares de pessoas já procuravam formas de fugir, entre eles, Max. “Caminhamos dia e noite sem comida, doentes, fracos e tínhamos que escapar dos bombardeios dos americanos. Éramos 500, sobraram 80. Graças a Deus o inferno estava terminando”. No dia 07 de maio de 1945, data em que foi assinada a rendição da Alemanha, Max foi libertado pelo exército Russo.

Encerrada a guerra Max queria recomeçar sua vida. Iniciou procurando a sua família, encontrando seus irmãos. Com a tensão da Guerra Fria, em 1950, e com o temor de que todo o terror recomeçaria os europeus passaram a migrar para as Américas. “Eu escolhi como destino o Brasil. Em 1953 desembarquei em São Paulo e então viajei para o Rio Grande do Sul onde havia predominância alemã”, conta. Em 1954, Max se mudou para Porto Alegre, onde casou e teve filhos e netos. “Só tenho que agradecer ao Brasil que me acolheu com seu clima tropical e com sua paz. O Brasil é melhor país do mundo, vocês não tem ideia. Aqui é maravilhoso”, finaliza Max.

Um exemplo de solidariedade.

O segundo depoimento foi de Johannes Melis que nasceu na Holanda, país invadido em 1940 pelos nazistas. “Por ter sido invadido posteriormente, nós conseguimos nos preparar. Meu pai fez diversos esconderijos pela casa, no sótão, jardim, na despensa de batatas e embaixo da pia da cozinha. Já minha mãe fez compotas e guardou muitos alimentos”, revela Melis. Seriam necessários muitos esconderijos e muito alimento.

No decorrer da guerra, a família de Melis passou a refugiar judeus e soldados em sua casa. “Eu tremia de medo quando os soldados alemães revistavam nossa casa, pois estávamos dando refugio para muitas pessoas”, conta. Quando os aliados começaram a invadir a Europa foi quando a guerra realmente começou de verdade. Fugindo dos cada vez mais freqüentes embates, Mélis e sua família se esconderam e, descobertos pelo exército aliado, foram salvos. “Viemos então para o Brasil, onde ficamos no Rio de Janeiro e depois fomos para o sul. Não há país como o Brasil”, ressalta. Após a guerra, o pai de Johannes recebeu inúmeras homenagens de autoridades e das famílias das pessoas que a família auxiliou durante a guerra.

As marcas da guerra.

“Durante mais de 50 anos não consegui superar minhas memórias”, inicia Bernard Kats. Holandês e judeu, Bernard tinha somente quatro anos quando a guerra iniciou. Com cinco anos viu seu pai sendo arrancado de casa pelo exército nazista. “Poucas semanas depois uma carta da Cruz Vermelha chegou a nossa casa. Ela dizia que meu pai havia morrido. Até hoje vejo minha mãe na frente de casa com aquela carta na mão. Ela ficou grisalha da noite para o dia”, relembra Bernard.

Bernard teve sete endereços diferentes durante a guerra, tendo sido acolhido junto com sua irmã por uma família protestante. Todas as noites ele falava alguns ensinamentos em hebraico que foram se perdendo com o tempo. “Contudo, a família nos ensinou como agradecer e pedir amparo durante a noite”, conta. Durante o tempo em que ficou escondido na casa dos seus “pais adotivos”, como ele mesmo os trata, Berdard criou laços afetivos com a família. “Eles tinham uma filha e até hoje tenho contato muito forte ela”, revela Bernard, que após o fim da guerra conseguiu migrar para o Brasil. Hoje ele mora com sua família em Porto Alegre.

“Até hoje tenho um sentimento de culpa muito grande dentro de mim. Milhões de pessoas morreram, inclusive parte da minha família. Porque sobrevivi? As marcas da guerra seguem no meu cotidiano, desde a forma como estaciono o meu carro até a necessidade de fechar todas as janelas e persianas no chegar da noite. O nervosismo da guerra ficará para a vida inteira. Para aceitar certas coisas na vida só mesmo com o tempo”, finaliza.

As reflexões.

Questionados se contavam para seus filhos as histórias vividas na Segunda Guerra Mundial, Max Schanzer foi enfático em sua resposta. “É uma obrigação que temos em passar isso para os mais jovens. Precisamos evitar que cresçam ditadores e pensamentos ditatoriais. Não podemos reviver aquele momento da história”, ressalta.

As histórias mexeram com os jovens e adultos que acompanharam as falas com olhos vidrados e respirações silenciosas. Bastava olhar para os lados para perceber que a dor permanecia nos olhos de muitas pessoas ligadas as famílias dos palestrantes, ou então as lágrimas de jovens que não conseguiam medir a intensidade daquelas vivências. “É através deste momento que temos que refletir sobre a tolerância, sobre a aceitação, sem priorizar questões como religião ou raça. Precisamos fazer o mundo mais humano”, ressalta Ieda Gutfreind, presidente do ICJMC.

A troca de experiências entre os alunos e os palestrantes iniciou com uma apresentação de um vídeo sobre o conhecimento dos estudantes sobre o holocausto e foi encerrada com uma apresentação teatral dos alunos, que retratava as dores e a esperança de quem viveu essa terrível parte da história.


Era uma simples manhã nublada que, com certeza, ficará na memória de todos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Floresta Amazônica pede socorro

Responsável pelo equilíbrio ambiental do mundo, a maioria floresta do mundo teve o seu dia celebrado em cinco de setembro. O Dia da Amazônia celebrou a grande biodiversidade presente na Floresta Amazônica, que conta com um ecossistema auto-sustentável composto de espécies de animais, vegetais e minerais. Estima-se que existam mais de cinco milhões de espécies de plantas, mil espécies de aves, duas mil de peixes e duzentas e cinqüenta de mamíferos.




Mas afinal, existem motivos para comemorações? O território que representa metade do território brasileiro e dois quintos da América do Sul vem sendo desmatado impiedosamente por contrabandistas de madeiras, pela disputa territorial, pela caça e pesca entre outros fatores. Na edição Nº 211 “Amazônia. Verdades e Mitos” da Revista IHU On-line, o pesquisador Paulo Maurício Lima de Alencastro Graça afirmou que “o grande vilão da floresta era a pecuária extensiva, ou seja, a conversão de florestas em pastos para gado bovino. Pode-se dizer que 80% do desmatamento da Amazônia deve-se à pecuária”. Além disto, o Brasil vive uma situação preocupante de queimadas de norte a sul. Em entrevista concedida à IHU On-line, o físico Saulo Freitas ressaltou que “as áreas mais afetadas são Mato Grosso e Pará, disparados com maior número de queimadas e, consequentemente, emissão de gases para a atmosfera”. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no último mês de julho 485 km² da floresta sofreram corte raso ou degradação progressiva.

O vídeo a seguir é uma produção da Organização não-governamental Greenpeace.
http://www.youtube.com/watch?v=U0p8qQY-kY4&feature=player_embedded

sábado, 4 de setembro de 2010

Dias que ficarão para a história

Iniciou neste dia 01 de setembro o “Tempo da Criação”, tradicional celebração realizada todos os anos pelas Igrejas, que se estende até o dia 04 de outubro. O período é marcado pela reflexão e ação em prol da preservação do meio ambiente e promoção de formas de vida que respeitem a criação de Deus. Excepcionalmente neste ano, o “Tempo da Criação” se prolongará até o dia 10 de outubro, se unindo à campanha 10:10:10.


Você já parou para pensar o quanto pequenas atitudes do cotidiano podem influenciar na redução das emissões de CO2? É exatamente essa reflexão que a campanha 10:10:10 traz para o mundo. A data será festejada como o Dia Global de Soluções Climáticas, incentivando pessoas e organizações a planejarem ações para diminuir em 10% o seu consumo de energia e sua produção de poluição durante um ano a partir de 2010, sendo este apenas o marco inicial da campanha.
Faça parte desta história. Não ande tanto de carro, prefira a bicicleta, o transporte público ou uma boa caminhada. Troque suas lâmpadas incandescentes por modelos econômicos. Desligue as luzes e aparelhos eletrônicos quando não estiverem em uso. Use garrafas de águas pessoais e reutilizáveis e dispense os copos descartáveis. São atitudes simples, que podem mudar o mundo.


Para ler mais:


domingo, 4 de julho de 2010

Por algo sincero

Utilizando unicamente uma frase consigo explicar o que eu quero. Quero algo sincero, que preencha minha vida, que não se acabe com o tempo, que me faça, de fato, feliz.

sábado, 26 de junho de 2010

O nosso poder

Um dia destes em meu twitter fiz o questionamento "Porque o povo não acredita na sua força? Porque estes acham que votar com seriedade não muda nada e que manifestações são inúteis?"

Esta, é uma das reflexões que mais realizo durante meus dias. Porque não acreditamos que podemos fazer a diferença? Porque aquele antigo e ingênuo sonho de mudar o mundo foi exterminado de nossa mente e de nossos objetivos?

Estamos em ano eleitoral e me apavora ver jovens e adultos simplesmente desacreditados de que possa ocorrer mudanças. Não há crenças de que um voto sério possa mudar um cenário político de corrupção e falcatruas. O fato é que as mudanças não se darão da noite para o dia. É necessário existir convicção e acima de tudo é preciso perseverança.

Mas e porque nas simples coisas não acreditamos em nosso poder? Neste mês, o Brasil está vivenciando uma realidade que até então eu não havia vivenciado. A partir da plataforma social twitter, brasileiros começaram a expôr com veemência suas opiniões, principalmente contra a Rede Globo de Televisão. Foi então criado o dia sem Rede Globo, realizado ontem (25). O que para muitos foi um fracasso, pois a Globo teve uma grande audiência durante o jogo, para mim foi uma grande vitória. A Band, por exemplo, teve 2,7 pontos em audiência a mais do que nas outras transmissões de jogos do Brasil na Copa do Mundo.

Uma mudança foi iniciada. E eu espero, sinceramente, que situações como esta podem se repetir com mais frequência. Como por exemplo a mobilização, também via twitter, para arrecadações aos desabrigados pelas chuvas em Pernambuco e Alagoas.

As redes sociais estão se tornando ferramentas de cidadania. E eu tenho orgulho de dizer que estou vivenciando isto.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Diálogo: Simples e esquecido

Discussão que já preencheu diversos espaços na mídia gaúcha volta a fazer parte dos debates formais e informais no Rio Grande do Sul. Incomodados com a permanente e inalterável situação incidida na Cidade Baixa em Porto Alegre, donos de estabelecimentos estão fechando as portas de seus comércios. A problemática envolve denúncias de promiscuidade e constante consumo de drogas por jovens homossexuais que freqüentam o Centro Comercial Nova Olaria. Neste mais novo capítulo desta história que já perdura há mais de ano, o protagonista é o dono do Cinema Guion, Carlos Schmidt, que decretou o cancelamento da sessão cinematográfica das 22h aos domingos.
Infelizmente, não se pode nomear unicamente a estes jovens a realidade que envolve o consumo exacerbado de drogas e demonstrações de afeto abusivas em espaços públicos. Não se pode deixar-se iludir que somente jovens homossexuais circundam estas situações. É inadmissível enfrentar esta situação com artilharias preconceituosas, nem mesmo cogitar a hipótese de proibição da circulação destes jovens no local. De acordo com a Constituição Federal brasileira, em seu artigo 5º, inciso XVI, todos os cidadãos brasileiros possuem o direito de se reunir pacificamente em espaços públicos. Por conseguinte, estes adolescentes nada mais estão fazendo do que usufruindo de um direito legítimo e constitucional. São nobres as reclamações destas dezenas de comerciantes que alegam estar sofrendo dificuldades econômicas e culturais. Estes também possuem direitos.
De fato, existem situações de constrangimentos providas por seres humanos indiferentemente do sexo, escolaridade, raça ou opção sexual. A solução não está em fechar os estabelecimentos, influindo diretamente na economia local, nem mesmo expulsando os que lá se reúnem. O fim estará próximo quando comerciantes, adolescentes, poder público, poder civil e todos aqueles que estão envolvidos debaterem a ocorrência e ingressarem em um acordo, não prejudicando, desta forma, nenhuma das partes. Diálogo. Tão simples, mas tão esquecido.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Eu queria poder te contar minha vida,
Minhas alegrias e tristezas,
E tudo aquilo que me fez ser o que hoje eu sou...
Mas ainda não consegui assimilar todas essas verdades
Ainda não consegui tirá-las do meu peito.

domingo, 28 de março de 2010

Vitória

Algumas pessoas e alguns fatores estimularam-lhe a mente e, principalmente, seus sentimentos. Reflexões lhe faziam companhia em diversas noites frias, resultando variadas sensações.

Fatos que nocautearam-lhe a razão e o coração.

Estas pessoas, melhor chamá-las de seres, e até mesmo o universo, devem estar orgulhos. Provavelmente, a cada olhar distante, pessoas sorriem satisfeitos por terem alcançado seus objetivos.

Pois hoje, ao dialogar com a lua, ele pode reunir as palavras e as forças necessárias para tentar falar o que o atormenta: A dor é um estímulo. Como é gratificante superar obstáculos. A subida pede esforço e o esforço resulta em força. Força. Enquanto as lágrimas teimam em umedecer sua face as palavras e essência, que muitas vezes foram esquecidas e escondidas, reaparecem. As palavras fluem de uma forma que há muito tempo não fluiam.

Neste momento os risos e a satisfação são substituídos por desespero.

O plano deu errado.

Aquele ser tão pequeno e incapaz acreditou em sua força e percebeu o quão gigante e capaz ele é.
A dor inspira.
Os grandes fazem desta inspiração uma vitória.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pensamentos jogados ao vento


E todo dia peço inspiração e força. Eu sei que devo ter errado. Devo não. Eu sei que eu errei. Na realidade, não sei bem se a palavra erro é a mais adequada, mas irei utilizá-la. Acredito que eu poderia ter sido bem melhor. Poderia ter sido uma Rafaela muito mais especial. Mas eu não fui. Enfim. Cobro dos outros e esqueço de me cobrar. Eu acho. Eu me cobro, mas esqueci de certas coisas. Princípios, virtudes, quem sabe. Hoje eu quero que as pessoas percebam que ninguém é perfeito e que eu errei. Não que isso seja algo inédito ou quase impossível. Ou que as pessoas não esperem de mim o erro. É verdade. Meu nome poderia ser erro. Mas eu sei. Eu sei que isso pode parecer um erro agora. Mas à noite, quando eu confortar minha mente em meu travesseiro, sei que me entenderei. E realmente sonho com o dia que tu percebas minhas intenções.  Hoje somente erro por querer acertar.