As luzes foscas da cidade por anos premeditavam o que seria aquela noite em sua vida. Sentia seus pés molhados e suas botas estavam cheias de lama. Luzes fortes e vibrantes surgiam e tomavam conta do ambiente. Já não conseguia entender se era tudo fruto de sua imaginação ou não. Seus olhos ardiam.
Dentro de sua mente muitas idéias surgiam. Idéias sem nexo, pensamentos, vontades, desejos, medos. Ela não sabia mais onde estava, o que fazia e muito menos qual era a sua essência de vida. Quem eram aquelas pessoas em sua volta? Quem era aquele homem loiro e misterioso que a observava?
Em cada piscar de olhos o ambiente parecia se modificar. Em cada respiração ela se tornava outra pessoa. O que era aquilo que ela sentia no peito? Que movimento de batida era aquele? O que ela fazia ali?
Por um momento pensou em correr para algum local isolado e escuro. Queria simplesmente fechar os olhos e ser levada pelo vento que embalava os seus cabelos negros. Tentou caminhar, não conseguiu. Algo segurava os seus pés e sua voz se tornara um inculto silencio.
Suas mãos estavam geladas. Essa prisão não afetava suas emoções e sentimentos, ela se mantinha calma, parecia que ela estava ali há muito tempo e sabia o que aconteceria. Era questão de tempo, tudo não passaria de uma alucinação.
Seus olhos ardiam cada vez mais e seus pés estavam dormentes. O vento passou a se intensificar assim como as luzes coloridas em sua volta. O que ela sentia era o arrepio de seu corpo.
As pessoas que estavam em sua volta começaram a sumir. O tempo passou e somente ela permaneceu, parada e sem reação. A vida dela sempre fora assim, corria entre os seus dedos e ela apenas observava. Os problemas e felicidades surgiam e ela os ignorava.
Assim ela permaneceu, parada no meio da lama, sentindo o frio lhe cortar a pele. Tornara-se mera coadjuvante de sua própria vida.
Dentro de sua mente muitas idéias surgiam. Idéias sem nexo, pensamentos, vontades, desejos, medos. Ela não sabia mais onde estava, o que fazia e muito menos qual era a sua essência de vida. Quem eram aquelas pessoas em sua volta? Quem era aquele homem loiro e misterioso que a observava?
Em cada piscar de olhos o ambiente parecia se modificar. Em cada respiração ela se tornava outra pessoa. O que era aquilo que ela sentia no peito? Que movimento de batida era aquele? O que ela fazia ali?
Por um momento pensou em correr para algum local isolado e escuro. Queria simplesmente fechar os olhos e ser levada pelo vento que embalava os seus cabelos negros. Tentou caminhar, não conseguiu. Algo segurava os seus pés e sua voz se tornara um inculto silencio.
Suas mãos estavam geladas. Essa prisão não afetava suas emoções e sentimentos, ela se mantinha calma, parecia que ela estava ali há muito tempo e sabia o que aconteceria. Era questão de tempo, tudo não passaria de uma alucinação.
Seus olhos ardiam cada vez mais e seus pés estavam dormentes. O vento passou a se intensificar assim como as luzes coloridas em sua volta. O que ela sentia era o arrepio de seu corpo.
As pessoas que estavam em sua volta começaram a sumir. O tempo passou e somente ela permaneceu, parada e sem reação. A vida dela sempre fora assim, corria entre os seus dedos e ela apenas observava. Os problemas e felicidades surgiam e ela os ignorava.
Assim ela permaneceu, parada no meio da lama, sentindo o frio lhe cortar a pele. Tornara-se mera coadjuvante de sua própria vida.
e pq ela escolheu isso?
ResponderExcluirabraçooooooo
Bom dia Rafaela,
ResponderExcluirLendo esse seu texto me veio a cabeça, não sei exatamente a razão, esse poema de T.S.Eliot
"Conversa Galante
Observo: “Nossa sentimental amiga, a Lua!
Ou talvez (é fantástico, admito)
Seja o balão do Preste João que agora fito
Ou uma velha e baça lanterna suspensa no ar
Alumiando pobres viajantes rumo a seu pesar.”
E ela: “Como divagais!”
Eu, então: “Alguém modula no teclado
Esse noturno raro, com que explicamos
A noite e o luar; partitura que roubamos
Para dar forma ao nosso nada.”
E ela: “Me dirá isso respeito?”
“Oh, não! Eu é que de vazios sou apenas feito.”
“Vós, senhora, sois a perene ironia,
A eterna inimiga do absoluto,
A que mais de leve torce nossa tristeza erradia!
Com vosso ar indiferente e absoluto,
De um golpe cortais à nossa louca poética os seus mistérios...”
E ela: “Seremos afinal assim tão sérios?”
Será afinal essa monotonia assim tão séria?
Pelo menos quando comparada ao Grenal de domingo....
Julio Cesar Rodrigues Pereira
P.S. Somos membros da comunidade do Inter - foi assim que cheguei ao seu Blog.
Tornara-se mera coadjuvante de sua própria vida.
ResponderExcluirnossa rafa...arrasou!
bjão