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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Razão para sorrir

Esperamos demais de nós mesmos, da vida, dos outros. 
Não compreendemos porque certas coisas não acontecem como o planejado. E veja, não falo em perspectivas que não deram certo. Isso porque o tempo nos faz perceber que o errado foi o mais certo possível. 

Todavia, certo, errado ou nenhuma das alternativas, as coisas passam a não fazer mais tanto sentido. Nos doamos (e doemos) tanto para que determinadas vivências ocorram. Imaginamos, idealizamos, externamos e esperamos.

E às vezes o que a gente deseja não vem.

E daí a gente chora, se frustra, fica noites em claro. O amanhecer passa a ser escuro, o pôr-do-sol é cinza. Os sorrisos não nos atraem, o que vale são os nossos sentimentos em turbilhão, prontos para uma Guerra Mundial.

Chega então o dia em que acordamos diferentes. Queremos é sorrir, sermos felizes. Um êxtase nos toma por completo e nos convencemos de que não sentimos mais nada, que está tudo bem, que a pessoa ou fato nem eram tão importantes assim.

Um grande erro. Elas eram e ainda são. Elas valem sim as nossas lágrimas, as nossas noites em claro. Passamos a perceber, entretanto, que nós mesmos, o nosso eu, merece muito mais os nossos próprios sorrisos. E isso basta. 

Um comentário:

  1. Que texto lindo Rafa.
    Realmente, ao longo dos anos vamos planejando nossas vidas da forma que julgamos a mais certa possível, mas em determinados momentos percebemos que nem tudo ocorreu como havíamos planejado.
    No instante que chegamos a esta conclusão, movidos talvez por uma frustação, uma sensação de decepção ou derrota, é difícil discernir o que aconteceu de errado.
    Mas ao longo do tempo, as feridas vão cicatrizando e aprendemos que o "ERRO" não é o resultado que esperávamos, mas descobrimos que ele faz parte do projeto como um todo e é justamente através da superação de alguns erros que conseguimos valorizar ainda mais a doçura dos acertos.
    Por fim, encontrar assim a plenitude do Amor próprio e da autoconfiança que existe dentro de cada um de nós.

    Rafa, amei seu texto... Um grande bjo pra ti.

    Renato Emanuel

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